Nota: Sempre que vou a encontros e feirinhas de Radioamadores e Radiocidadãos (PX), sempre me deparo com muitas pessoas que tem muitas dúvidas desde a mais simples até outras bem mais complexas. Partindo deste ponto, quando eu sei Eu explico e quando Eu não sei, vou pesquisar para poder explicar em próximas oportunidades e sempre deixo a disposição em vários sites para que todos possam fazer uma leitura proveitosa e passar estes conhecimentos a outras pessoas, pois nada adianta ter o conhecimento e não passar adiante uma vez que ficará perdido se isto não for feito. Para se autoafirmar Radioamador, Radiocidadão (PX) ou Onzemetrista, não basta dizer que se fez uma prova para Classe A, B ou C, mas se faz necessário ter ou pelo menos buscar conhecimentos básicos e mínimos sobre inúmeros assuntos, caso contrário uma pessoa que não quer ter ou buscar estes conhecimentos torna-se apenas um radio-operador ou vulgarmente conhecido como “apertador de PTT”. 

Abraços a todos.

Salles

Por que falamos de 10 metros, 11 metros, 40 metros, 80 metros etc…??

Um transmissor precisa de uma boa antena instalada no telhado e quanto maior for a altura dessa antena, melhor ela transmite e recebe. Mas essa antena não pode ser uma antena qualquer. Ela tem que estar cortada dentro da onda que o transmissor opera e para isso temos que saber a frequência de trabalho desse transmissor.

Todas as frequências tem ondas e o tamanho da onda depende da quantidade delas em relação ao tempo de 1 segundo na velocidade da luz. Se sabemos que a velocidade da luz é de 300.000.000 (trezentos milhões) de metros por segundo, podemos dizer que uma única onda tem exatamente este tamanho. A quantidade de ondas pode mudar mas a velocidade da luz e a distância que ela representa em 1 segundo, é sempre a mesma. Nesse caso 2 ondas terão que ocupar o mesmo espaço de tempo da velocidade da luz. Se 1 onda ocupa 300.000.000 de metros por segundo, 2 ondas ocupam 150.000.000 de metros por segundo, 4 ondas ocupam 75.000.000 de metros por segundo e assim por diante. Repare que quanto mais ondas, menor é o tamanho de cada uma delas. Para descobrir isto, basta dividir 300.000.000 de metros por segundo pela frequência do transmissor.

Se um transmissor transmite e recebe na faixa do PX, isso quer dizer que esse aparelho opera na frequencia de 27mhz ou 27.000.000 de ondas completas por segundo. Para saber o tamanho de cada uma dessas ondas, basta dividir a velocidade da luz (300.000.000 de metros por segundo) por essa quantidade de ondas completas (27.000.000 ondas por segundo) e temos exatamente 11,1metros. Isto quer dizer que cada onda completa que sai do transmissor PX tem exatamente 11,1 metros ou 11 metros.

Isto quer dizer que quando a primeira onda completa sai da antena, esta está exatamente a 11,1 metros de distância da antena, a segunda onda, está a 22,2 metros de distância da antena, a terceira onda está a 33,3 metros da antena e assim por diante até a última onda quando estará a 300.000.000 metros de distância da antena e tudo isto acontece em exatamente 1 segundo.

Tendência de como se propagam as Ondas de Rádio

Radioamador tamanho das ondas Freqüências abaixo de 2 MHZ ( propagação de ondas de solo ) = Tendem a se propagar como ondas de superfície sobre a terra.. Na faixa de 2-70 MHZ( propagação ionosférica) = A propagação de longa distância é unicamente por qualquer modo de reflexões nas camadas ionizadas bem acima e ao redor da terra: . Para freqüências acima de 50 MHZ os efeitos de ionosfera são menos uniformes e regulares e ambas normal e não regular propagação são governadas grandemente pelas condições meteorológicas na troposfera. Tal propagação é além disso denominada troposférica.

Atenuação

Atenuacao

A atenuação de uma onda de rádio aumenta com a frêquencia. Em um espaço livre, a intensidade do campo de onda varia inversamente com a distância advinda da fonte. A relação entre a intensidade de campo ou intensidade do campo e densidade de força é semelhante aquela para voltagem e força em circuitos comuns. Eles estão relacionados pela impedância do espaço livre, o qual foi determinado ser 377 ohms. A densidade de força além disso varia com a raiz quadrada da intensidade do campo, ou inversamente com o quadrado da distância. O decréscimo da força é causado pela expansão da energia da onda sobre esferas ainda mais amplas, quando a distância da fonte aumenta. Será importante lembrar esta perda em expansão quando o desempenho da antena for discutido. Na prática, atenuação da energia de onda pode ser muito maior que a lei de “distância-inversa” poderia indicar. A onda não viaja no vácuo e a antena receptora raramente está situada de forma que haja uma linha clara de sinal. A terra é esférica e as ondas não penetram sua superfície de forma apreciável, assim comunicação além de distâncias visuais tem que ser por alguns meios que curvarão as ondas ao redor da curvatura da terra.

Curvaturas das Ondas de Rádio

Curvas

Ondas de rádio e ondas de luz são propagadas como energia eletromagnética; sua diferença mais importante é o comprimento de onda, apesar das superfícies refletoras de rádio serem usualmente muito menores em termos de comprimento de onda do que aquelas para luz. Num material de uma certa condutividade elétrica, longas ondas penetram mais do que as curtas, e assim requerem uma massa mais espessa para boa refletância. Metal fino é um bom refletor de ondas de rádio de até mesmo muito longos comprimentos de onda. Com condutores mais pobres, tais como a crosta da terra, ondas longas podem penetrar muito abaixo da superfície. Reflexão ocorre em qualquer região entre materiais de diferentes constates dielétricas. Exemplos familiares com luz são reflexões de superfície d’água e vidraças. Ambos água e vidro são transparentes para luz, mas suas constantes dielétricas são muito diferentes daquelas do ar. Ondas de luz, sendo muito curtas, parecem refletir ambas superfícies. Ondas de rádio, sendo muito amplas, praticamente não são afetadas pelo vidro, mas seu comportamento quando encontram água pode variar, dependendo da pureza daquele meio. Água destilada é um bom isolante; água salgada é relativamente um mau condutor. Dependendo de seu comprimento (ou freqüência), ondas de rádio podem ser refletidas por edifícios, árvores, veículos, o solo, água, camadas ionizadas na atmosfera externa, ou em vizinhanças entre massas de ar tendo diferentes temperaturas e conteúdo de umidade. A maioria desses fatores podem afetar o desempenho da antena. Condições atmosféricas e ionosféricas são importantes em praticamente toda comunicação além de puramente faixas locais.

A Onda de Superfície

300px-Terra

A onda de superfície viaja em contato com a superfície da terra. Pode suprir cobertura de até cerca de 160 quilômetros na banda de radiodifusão padrão durante o dia, mas a atenuação é bastante alta. A onda de superfície é de pequeno valor na comunicação radioamadorística, exceto possivelmente a 1.8 MHZ.

Fluxo solar , índice A e índice K

Número de manchas é a radiação que o sol emite no espaço, e quanto maior, melhor a propagação das ondas de radioamadorismo. O número de manchas é calculado pela contagem das mesmas na superfície solar visível e também levando-se em consideração o seu tamanho. Checar as condições nos sites na Internet pode nos dar exatamente os índices em tempo real. As observações incluem a monitoração do fluxo solar na faixa de 10,7 cm, ou seja , o índice Boulder A e o índice Boulder K . Outro tipos de atividades solares no interesse do radioamadorismo são os Solar FLARES ( dilatação solar ) e os Solar Holes ( buracos solares ) , que podem emitir alta energia em prótons e raios X e causam significante aumento na velocidade do vento solar . Os prótons podem causar coroa polar e eventos de absorção em altas latitudes . Os raios – x podem causar black-out no lado diurno da terra que pode aumentar a absorção na região D . O significativo aumento da velocidade do vento solar pode resultar em tempestades geo magnéticas que geralmente tendem a piorar os números MUF ( máxima freqüência utilizável ) degenerando as comunicações em HF. O índice A é a média quantitativa medida da atividade geo-magnética derivada de uma série de medidas físicas . O índice Boulder A anunciado na W1AW e na Internet, é por natureza linear e tem uma escala entre 0 e 400, e é o índice A das últimas 24 horas que é derivado do índice K das últimas 3 horas gravado em Boulder no estado do Colorado . O índice K é logarítmico em sua natureza e tem uma escala de 0 a 9 , e é o resultado das medidas das últimas 3 horas magnetométricas medidas, comparadas com o campo geo-magnetico orientado e sua intensidade que são obtidos sob condições geomagnéticas calmas. É adequado dizer-se então que a atividade geomagnética, tempestades solares, raios – X , Flares ( dilatações solares ) Tc , podem causar uma reação adversa na propagação. O índice A nos mostra a ESTABILIDADE GEOMAGNÉTICA . Magnetometros ao redor do mundo são usados para gerar o número chamado INDICE PLANETÁRIO K . Um ponto alterado no índice K é totalmente significante. O índice K lido abaixo de 3 geralmente indica na média, estáveis e boas condições . Qualquer número acima de 3 indica absorção nas ondas de rádio. A cada ponto mudado, reflete-se significantes mudanças nas condições. Geralmente as medidas mais elevadas são encontradas nas altas latitudes do globo terrestre. Altos valores de A e K são reportados ! Isto por causa dos efeitos da instabilidade geomagnética que tendem a ser mais concentradas nas regiões polares . Simplificação pode corromper os dados no complexo campo da propagação, mas em geral, para longa distância , a regra para manuseio será sempre : o mais alto SFI e os mais baixos números A e K . Isso nos dará as melhores condições em faixas altas no geral . O índice A deverá preferencialmente estar abaixo de 14, e a atividade solar baixa ou moderada. Se o índice A declina abaixo de 7 por alguns dias, na tabela, e o SFI Solar Flux Índex é alto, aguarde por muitas reais e excitantes condições intercontinentais . Pode-se escutar o SFI e os índices A e K na WWV aos 45 minutos de cada hora, nas freqüências de 5 10 e 15 MHz . Ou Observar nos sites específicos da internet. Para quem fizer uso do Packet-Cluster , digite <sh/wwv > Para gráficos a cada 5 minutos , na internet : http://www.sec.noaa.gov/today.html .

A classificação do índice K é a seguinte :

K0 = Inativo

K1 = Muito quieto

K2 = Quieto

K3 = Incerto

K4 = Ativo

K5 = Tempestade menor

K6 = Tempestade maior

K7 = Tempestade severa

K8 = Tempestade muito severa

K9 = Tempestade extremamente severa

A classificação do índice A é a seguinte :

A 0 – A7 = Quieto

A8 – A15 = Incerto

A16 – A29 = Ativo

A30 – A49 = Tempestade menor

A50 – A99 = Tempestade maior

A100 – A400 = Tempestade severa

 

Fonte de pesquisas: Antonio do Meier, Wikipédia entre outras

Autor: Salles PX2-D6222 / PU2-TBX / PY2-394SWL

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