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Boas!

 

Algumas semanas atrás, antecipei a respeito de um novo modelo disponível no mercado de Radio do Cidadão – o Voyage BR-9200.

Pois bem, fiquei ansiosamente aguardando o referido equipamento, em meu schack, para definir as particularidades do equipamento, mas a minha fonte “furou”, rsrsrs…

Como muitos gostariam de saber mais a respeito desse modelo novo, e descobrir algumas peculiaridades dele, compartilhei com um amigo da Europa as seguintes impressões a respeito do dito, e prontamente, foi-me disponibilizado farto material a respeito, do modelo similar, comercializado por lá – o MaxLog M-8800.

 

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Mesmo rádio, nomes diferentes: O MAXLOG é o equivalente a um Aquario RP-80.
Opções de configuração de MIC e Eco, dependem do mercado de destino.

 

Bom, nota-se a imensa semelhança com o BR-9200 comercializado por aqui, mas as coincidências não param por aqui…

Em matéria de funcionalidades, assemelha-se com o nosso conhecido Hannover Br-9000, Anytone AT-5555 e Aquario RP-80. Mas, a semelhança começa a se distanciar ao se perceber que, não há mais o display de dois dígitos, que determina as canalizações de frequências – mas ela ainda esta lá, uma vez que ao selecionar o seletor de frequência  instalado estrategicamente no centro do painel (saudades do Alan 8001?) e a banda correspondente as frequências de 11 Metros, irá perceber que ao final de 27.405 MHz ele retorna ao passo de frequência de 26.965 MHz – o que mostra, não tratar-se de um equipamento com VFO largo. Outros detalhes interessantes neste radio, é o fato que o leitor de S/RF incorpora também, as escalas de modulação e SWR, com escala numérica gráfica visível  o que facilita – em tese, apenas como referencia – nas taxas de áudio e potencia do equipamento.

Os comandos estão bem distribuídos, mas… mantiveram a opção de eco no equipamento – lastimável para um radio que necessita de controles mais necessários, como por exemplo, um ajuste de microfone. Tal recurso está disponível  entretanto, junto com o botão de ajuste de eco – porém, em algumas versões, este botão trabalha em conjunto com os ajustes de eco, mas não possui descrição no painel.

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Muitos usuários veêm semelhança grande com o Cobra 29LX, e por assim dizer, o layout só não foi copiado totalmente, por questões de direitos autorais… nota-se diante da distribuição dos comandos e botões, aliado aos cromados laterais e envolta dos grandes displays. Todavia, mantiveram a orientação do conector do PTT na lateral do equipamento – já dá a idéia da vocação móvel do equipamento.

 

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Bom, o glamour de design acaba aqui. Agora, tomemos as impressões quanto a sua arquitetura interna:

 

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Visualmente, a PCB é igual a do Hannover BR-9000, mas trata-se das versões européias (CRE-8900)

 

Sua placa se assemelha – e muito – a do Anytone AT-5555, mas é oriunda do CRE-8900(Europa)já na versão de hardware 6.0, que possui dimensões reduzidas. Por isso, nota-se o grande espaço vago que existe entre a PCB e o painel dianteiro. Explica-se: existia a possibilidade de reduzir seu tamanho físico, porém, não teria um espaço de exaustão para a dissipação do calor – um problema nos modelos comercializados aqui, os quais sofrem com a ausência de tropicalização do equipamento.

Assim como o AT-5555, sua arquitetura é basicamente toda em SMD, atendendo um tendência mundial de miniaturização de componentes – e um tormento para os técnicos.

Passível de programação via software, a novidade é a possibilidade de fazê-lo, utilizando a versão antiga do cabo – e para tanto, é necessário o acesso interno do equipamento – como através da porta mini-USB, localizada na parte traseira do equipamento, próxima ao dissipador da saída. Porém, o software é pobre em recursos – parece ter sido concebido em uma escola primária de informática – e incompatível com os de seus “primos”.

 

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Opção Paliativa: o cabo de programação antigo é compatível. A novidade é a conexão logo acima, para atualização de firmware…

 

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…ou um recurso inteligente – porta Mini-USB, para programação do equipamento.

 

 

A grande sacada, em comparação ao AT-5555, é que o TXCO fornece alta estabilidade em várias temperaturas ambientais, de modo que a operação é melhorada. Isso evita as “corridinhas” de frequência  muito comum nos equipamentos vendidos – utilizados aqui.

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Chegou meio tarde…. recurso TXCO impede que frequencia se altere, com mudanças de temperatura do equipamento. PCB já na versão 6

 

 

MICROFONE PTT

 

As novidades com relação ao PTT, salvo o fato de usar uma carcaça diferente do Anytone AT-5555 – o invólucro é o mesmo utilizado pelo rádios da Midland – é de estar com uma cápsula dinâmica mais eficiente que seu antecessor, o que propicia um áudio mais forte, aliado a uma releitura dos ajustes de modulação – algo em torno de 75%. Segue com a configuração de seleção de frequências  mais o recurso  Auto Squelch. Entretanto, mantêm a conexão de 4 pinos, sendo o pino 4 responsável pelas funções adicionais UP/DOWN/AQ.

 

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Novos rádios, projetos antigos: Case do PTT é o mesmo do Midland 79-290

 

 

Bom, com relação a desempenho, o rádio consegue os parcos 15W nos modos AM/FM e 40-45 Watts em SSB/CW – e sem necessidade de ajustes ou aprimoramentos internos – boa transferencia de áudio, limite reduzido de espúrios.

Mas, nem tudo são flores… o modelo avaliado, apresenta o tipico padrão de qualidade chinês, com pontos de solda pobres, qualidade dos componentes duvidosa; a exemplo de se operar um radio desses, percebe-se que os knobs de ajustes no painel não possuem um revestimento emborrachado, são lisos e sem uma superfície de atrito – demonstram folga ao simples manuseio, dá a impressão que irão sair nos dedos ao simples movimento; a espessura das tampas é mais fina que o normal – dá a impressão de fragilidade, a qualquer momento sente-se a sensação de que pode ser dobrada nos dedos; e a qualidade dos pontos de solda, percebe-se que há pontos de oxidação – proveniente da maresia, dentro dos contêineres os quais são acondicionados, durante a viagem para os países-destino. Sem notar que, onde não há pontos de fixação – com parafusos ou travas – entra em ação a “super cola quente”.

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Marca registrada, made in China: solda porca, sem acabamento, e pontos oxidados. Um verniz cairia bem

 

 

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Faltou qualidade… e um condensador aqui – ficou na China.

Enfim, é mais um equipamento, vindo do Oriente, destinado a atender as diferentes legislações aos quais essa proposta veio para ser destinada; atende a gama de frequência de 25.615MHz a 30.105MHz – programável – de design bonito, mas de qualidade baixa. O custo? Em torno de modestos R$900,00, em média – pelo menos aqui em SP, mas tem relatos que está sendo comercializado a R$1.200, fora do Estado. Impraticável para um equipamento que não traz novidades, e seus – poucos – recursos agregados não justificam esse valor. E para finalizar, sem definições de homologação no Brasil… AINDA BEM!

 

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