Buenas!

 

Aproveitando a dúvida de um leitor do site – valeu a dica, Wesley – vou expor hoje a questão de que existem muitos equipamentos a disposição, com inúmeras denominações, mas que na sua essência, usam a mesma base e layout em comum.

Temos como exemplos conhecidos por aqui, o Galaxy Pluto (VR9000)

 

Mas afinal, o que diferencia um modelo do outro?

 

Normalmente, a base de um projeto é sempre a mesma, ou seja, engenheiros projetam um determinado equipamento e dão a ele um código interno; a partir daí, o projeto é concretizado em forma de produto e por fim, disponibilizado para as principais fabricantes ( no caso exposto, as “marcas” conhecidas no mundo). em casos excepcionais, os projetos são criados no pais de origem, e depois, vetorizados e manufaturados em países ondes os impostos e tributos são reduzidos (é aí onde entra a China, entende?). Um exemplo é a Cobra Eletronics, que efetua seus projetos em Chicago, e depois envia para a linha de produção ao Oriente. Casos como a Ranger, Midland e Uniden são semelhantes, porém, no caso da Ranger – ainda se produz o seu layout de vinte anos atrás – são efetuadas modificações com o intuito de se eximir de direitos de Copyright das detentoras da marca. Por isso, é muito comum você ver equipamentos semelhantes – Megastar, Galaxy, Voyager, Megasystem – no mercado, mas com algumas diferenças no layout, configuração de função dos botões, e principalmente, qualidade dos componentes.

Alguns exemplos de equipamentos que foram similarizados:

ALAN – MIDLAND – ALBRECHT:

 

Mildand Alan 8001

Mildand 8001 Euro

 

Dependendo do pais o qual é comercializado, o mesmo equipamento adota um nome fantasia diferente. No caso da Midland Radio, seus representantes na Europa são, a CTE International (produtos ALAN/CTE), Albrecht (Leste Europeu), KPO (Polônia).

 

Albrecht 5800

Comanche BlackHawk

Dragon 485

 

RANGER USA – TEXAS RANGER – GALAXY – SUPERSTAR  – VOYAGE – NORTHSTAR

 

Galaxy Saturn2

O original Voyage 9000.

O conhecido Galaxy Pluto, em sua versão original.

O Northstar 9000…

…e a sua versão americana, o Galaxy 959.

Esses equipamentos são oriundos dos EUA, porém, existem mercados distintos fora das Américas. A grande maioria dos equipamentos na ativa, se derivam de uma unica placa, do Radio VOYAGE – não confunda com o VOYAGER, já conto a estoria dele já – e lá, adotam outras marcas e modelos, como disse, para atender o mercado Europeu.

SOMMERKAMP – YAESU

Um caso interessante… A Yaesu, por incrível que possa parecer, fabricou equipamentos para a faixa dos 27 MHz, porém, ao contrário da ICOM, nunca expôs sua imagem ligada aos equipamentos da faixa. Porém, através de sua representante na Alemanha – a Sommerkamp Elektronik Gb. – produziu alguns equipamentos, e é claro, utilizou de projetos prontos apenas para colocar sua marca – mas não se sintam enganados por causa disso, TODAS AS MARCAS fazem isso até hoje !!!! rsrsrsrs.

O Sommerkamp 780, em uma versão endêmica: Não houve variantes, note a semelhança com os equipamentos da Yaesu de VHF…

…e sua versão com VFO, o 788.

Sommerkamp 340…

…e seu “primo” americano, o Royce 639.

Sommerkamp 789…

…Galaxy Uranus…

…e o Ranger 2900, que foi a base dos demais.

 

 

VOYAGER – MEGASTAR – MEGASYSTEM:

Mega Star MG 95…

Plágio do 148 GTL: Superstar 148.

CRT Superstar 3900. A versão americana era diferenciada por usar nomenclatura SS.

Ah, esses são clássicos…são os que mais existem em nosso convívio, e há muitos anos!!! São equipamentos que utilizam, como base, as placas RANGER EPT 3600, com algumas “melhorias” e modificações, a fim de burlar os direitos de cópia. Entretanto, essa modificações são tão rudimentares e grosseiras, que acabam por depreciar alguns modelos. Os antigos Voyager virtualizavam pela primazia em transmissão e recepção, e até hoje são considerados objetos de grande procura – desde que em bom estado, e sem indícios de “palitagem”; assim segue o mesmo caminho os Megastar. Esses equipamentos foram produzidos mediante solicitação da empresa Safadi Import & Export, e os modelos fabricados até meados de 2002, são considerados bons; a partir desse período, pecam pela qualidade dos componentes e revisão geral (muitos apresentam desleixo na etapa de soldagem, verniz precário no lado da solda, peças de origem duvidosa, entre outros) Agora, o eterno desprezado: o MEGASYSTEM, é de uma forma bem definida, o pior dos equipamentos; simplesmente, um refugo das marcas conhecidas, e a maioria dos modelos apresentam defeitos de fabricação. Desconhece a real origem de sua produção – alguns dizem, que é fabricado no Paraguai mesmo, em um galpão afastado da cidade, e utiliza componentes de baixíssima qualidade, por isso, ele é recebido com maus olhos na maioria das bancadas de técnicos especializados.

 

UNIDEN – DYNASCAN – COBRA – PRESIDENT

Um dos poucos que possuiam SSB: Uniden Grant LT.

President Jackson II, outro representante, das placas PC Uniden.

Classiqueira. Cobra 148 GTL

Ilustre desconhecido… O Robyn 505, tinha uma peculiaridade: o clarificador do SSB ficava no PTT.

 

Esses são, sem dúvida, os mais confiáveis a sua época. Tinham como virtude o bom emprego de componentes, filtragem excelente, boa potencia e respectiva modulação. Por serem similares em sua estrutura interna, era simples a modificação e alteração para canais e frequências superiores. Com boa acessibilidade de componentes, foram, durante anos, o fiel companheiro de bancada de muitos operadores – e até em bases móveis, devido a sua robustez. hoje em dia, e equiparam aos equipamentos oriundos de praças chinesas, porém, ainda atendendo as especificações severas de qualidade vindos dos EUA.

Nossos representantes brasileiros não ficaram pra trás… o Sears Roadtalker – que usava a PCB da Ranger – foi representado aqui no Brasil pela CCE (lembra do CB-8000?)

 

Lá fora, era conhecido com Euro CB, mas aqui para nós, o conhecido Cobra 148 GTL New Model – o popular “chorão”.

Raríssimo por aqui, esse modelo da Cobra na realidade foi uma série limitada criada pelo saudoso Jonh Nugent. Cobra Mark V

Cobra 148 GTL B, Lafayette 1800, Superstar 2000… Muitas variantes, mas a mesma base: o problemático PLL02 compartilhava todos.

Uma legítima exceção, o Sony ICB 2500, não teve similares.

Lá fora, President McKinley. Aqui no Brasil, foi fabricado e comercializado pela CCE.

Esse é conhecido nosso… Mas seu nome de projeto é o mesmo nome empregado ao modelo, ou seja AT- 5555, e por aqui, deram uma nacionalizada nele.

Em breve, mais algumas semelhanças.

73 a todos, e até a próxima.