Uma bonita história: Trocava mensagens de amor em código morse
Na cidade mineira de Piumhi, Edson Lopes da Cruz (1920 – 2016) começou a aprender código morse com apenas 15 anos. Não por causa dos filmes de espionagem, mas por uma questão profissional. Estava começando a trabalhar como telegrafista nos Correios.
Ao todo, Edson dedicou 35 anos à empresa e desenvolveu uma paixão pelas mensagens codificadas que iam muito além do prédio dos Correios e do horário comercial.
Nas folgas, usava os códigos para mandar declarações de amor para Lila, uma colega de trabalho, que mais tarde virou sua mulher. Ele mesmo ensinou à jovem os sinais.
Também usava a telegrafia para mandar mensagens por radioamador. Com o prefixo PY4-BGQ –Brasil, Grande e Querido, como gostava de dizer– se comunicava com o mundo todo. Fazia questão de guardar os cartões de confirmação das mensagens como prova do seu alcance.
Seu conhecimento sobre o telégrafo também influenciou sua ida para a Segunda Guerra (1939-1945). Voluntário, Edson fez todo o treinamento em São João del Rei (MG), mas não embarcou para a Europa. Disseram-lhe que havia poucos profissionais na sua área no Brasil, não podiam abrir mão do trabalho dele.
Mudou-se para Belo Horizonte após a aposentadoria, nos anos 70. Ficou no mesmo apartamento, no bairro Carlos Prates, até o fim. Sem nunca parar de mandar mensagens.
Complicações devido a um AVC o levaram à morte no último dia 5, aos 96 anos, deixando sete filhos e seis netos.
A missa de 7º dia será às 19h30 desta quinta (11) na capela do Colégio N. Sra. da Piedade, bairro de Calafate, BH.
Fonte: Jornal Folha de SP
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